Apresentação

O Forlibi surgiu da necessidade de unir as línguas brasileiras de imigração com o objetivo de instaurar um diálogo permanente entre estas comunidades linguísticas, e se propõe a ser um espaço de pesquisa, mediação e articulação política em variadas frentes para o fortalecimento das mesmas. Reunindo falantes e representantes das línguas de imigração e de instituições parceiras, tem como propósito delinear ações coletivas para a promoção das línguas nas políticas públicas em nível nacional.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Equipe do Projeto de Inventário da Língua Hunsrückisch (hunsriqueano) se reúne para definir primeiras ações

Cíntia Vilanova (ao fundo), Rosângela Morello, Tamissa Godoy, Ana Paula Seiffert e Mariela da Silveira – Foto: IPOL

Na tarde desta terça-feira, dia 19/01, em Florianópolis-SC, realizou-se a primeira reunião do ano com parte da equipe de colaboradores do projeto Inventário da Língua Hunsrückisch (hunsriqueano), língua de imigração brasileira. Estavam presentes a equipe do IPOL: Rosângela Morello (coordenadora-geral), Ana Paula Seiffert, Cíntia Vilanova, Tamissa Godoi, Mariela Felisbino da Silveira e Alberto Gonçalves. Também participaram por Skype a equipe de pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), instituição parceira do projeto: Cleo Vilson Altenhofen, Jussara Maria Habel, Angelica Prediger, Luana Cyntia dos Santos Souza, Lucas Löff Machado e Willian Radünz.

Na reunião foram discutidos os encaminhamentos e cronogramas para as primeiras ações do projeto que ora se inicia. O Inventário da Língua Hunsrückisch – uma parceria entre o IPOL, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e a UFRGS – foi um dos contemplados ano passado pelo Edital de Chamamento Público 004/2014 – Identificação, Apoio e Fomento à diversidade linguística no Brasil – Línguas de Sinais, Línguas de Imigração e Línguas Indígenas.

O Inventário da Língua Hunsrückisch tem por base o Projeto ALMA da UFRGS, coordenado pelo prof. Cleo Altenhofen, e será ampliado levando em consideração a perspectiva teórico-metodológica do Inventário Nacional da Diversidade Linguística (INDL). Além disso, abrangerá novas comunidades linguísticas, especialmente no Espírito Santo.

As pesquisas estão sendo desenvolvidas por pesquisadores do IPOL e das instituições parceiras, em estreito diálogo com as comunidades de falantes do hunsriqueano. Um dos objetivos é que a Língua Hunsrückisch seja reconhecida como referência cultural brasileira, como está previsto no âmbito da política do INDL.

Para Rosângela Morello, “a realização deste e demais projetos de inventário de línguas são importantes ações na direção da implementação do INDL e podem aportar novas contribuições tanto do ponto de vista metodológico quando das articulações políticas seja com os usuários das línguas, seja com instâncias do poder público, visando a plena instalação da política do INDL”.

Além do projeto de Inventário da Língua Hunsrückisch, o IPOL também coordena o Inventário da Língua Brasileira de Sinais (Libras), em parceria com o IPHAN e a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), contemplado no mesmo edital, e o Inventário da Língua Pomerana, aprovado no Edital de Chamamento Público CFDD (Conselho Federal Gestor do Fundo de Defesa de Direitos Difusos)/Ministério da Justiça nº 01/2015, em parceria com instituições e pesquisadores do Estado do Espírito Santo.

O INDL foi criado pelo Decreto Federal nº 7.387, de 09 de dezembro de 2010. De acordo com o relatório do Grupo de Trabalho que instituiu suas diretrizes, “o Inventário permitirá ao Estado e à sociedade em geral o conhecimento e a divulgação da diversidade linguística do país e seu reconhecimento como patrimônio cultural. Esse reconhecimento e a nomeação das línguas inventariadas como referências culturais brasileiras constituirão atos de efeitos positivos para a formulação e implantação de políticas públicas, para a valorização da diversidade linguística, para o aprendizado dessas línguas pelas novas gerações e para o desenvolvimento do seu uso em novos contextos”.

Fonte: e-IPOL

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